Prefeituras baianas estão em situação de falência, diz presidente da UPB
A maioria das prefeituras da Bahia está em situação de falência, com dificuldades até mesmo para pagar a folha. A informação é da presidente da União das Prefeituras da Bahia, Maria Quitéria, em reportagem do jornal Estado de São Paulo, publicada ontem.
Miguel Rocha, prefeito de Coribe, no oeste da Bahia e segundo-secretário da entidade confirma: "Não há exagero em afirmar que 90% das prefeituras na Bahia estão conseguindo apenas pagar a folha", afirma. A prefeitura de Camaçari, município localizado na Região Metropolitana de Salvador, com quase 300 mil habitantes, e que detém a segunda maior arrecadação do Estado, é um dos que enfrentam dificuldades. No dia 1.º de setembro, o prefeito Ademar Delgado (PT) baixou decreto estabelecendo redução em 20% do seu salário, da vice-prefeita, secretários, subsecretários e demais cargos de primeiro e segundo escalões, além de cargos comissionados.
A medida integra um conjunto de ações que visa tentar equilibrar as contas, diante de uma queda de quase R$ 30 milhões na arrecadação municipal entre janeiro e agosto de 2015, diz o prefeito Ademar Delgado. A situação é ainda pior para os municípios que, sem receita própria, dependem exclusivamente do Fundo de Participação dos Municípios. Conforme a União das Prefeituras da Bahia, no Estado, cerca de 70% dos municípios se encaixam nesta condição. Com a retração da economia, o valor também se retrai, provocando crise.
O prefeito Joaquim Mendes Júnior, de Caatiba, no médio sudeste baiano, com 11 mil habitantes, afirma que a situação está séria e tende a piorar em 2016, porque a cidade sofrerá um corte de R$ 250 mil no Fundo de Participação dos Municípios, o que inviabilizará a gestão. Ele também recorreu à redução de 20% no próprio salário e dos funcionários de cargos comissionados.
Fonte: Bahia Econômica
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