Basquete baiano é homenageado e pede mais apoio
O basquete de alto rendimento da Bahia foi homenageado na manhã desta quarta-feira, 9, em
audiência pública realizada pela Comissão de Desporto, Paradesporto e Lazer da Assembleia
Legislativa da Bahia.
Na abertura, o presidente do colegiado, deputado estadual Bobô (PCdoB), destacou o apoio do
governo, através da Sudesb, e os feitos das seleções Sub-15 e Sub-17, que avançaram
posições no ranking brasileiro. "O projeto Basquete de Alto Rendimento da Bahia é a prova de
que pode-se fazer muito no esporte com poucos recursos. Em quase três anos, temos um
basquete de alto nível, graças ao esforço e a dedicação de profissionais técnicos e dos nossos
atletas", disse.
O parlamentar ressaltou ainda que vários atletas se destacam e passaram a defender grandes
times do Rio e de São Paulo. "Os jogos do Vitória são transmitidos pela Sportv, gerando um
estímulo para nossos jovens. É muito importante termos um time representando a Bahia no
NBB [Novo Basquete Brasil]", afirmou.
Coube ao dirigente da da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Esporte e da
Cultura (Asbradec), José Lopes "Índio", detalhar o funcionamento do projeto. "À frente da
Sudesb, o deputado Bobô foi um importante incentivador desse programa que projetou
novamente o basquete baiano", destacou.
Índio explicou que o sucesso está na capacitação permanente dos profissionais e atletas, na
criação de uma equipe interdisciplinar das seleções Sub-15 e Sub-17 e no intercâmbio com
clubes de ponta do País, como o Pinheiros, de São Paulo. "Até 2010, todas as categorias
estavam na 3ª Divisão. Mudamos isso com esse projeto, que se amplia com a criação de cinco
núcleos de desenvolvimento, em Salvador e Senhor do Bonfim", pontuou, lembrando que o
projeto tem quase três anos e trabalha com 300 crianças e jovens.
COMISSÃO
Os membros da comissão reforçaram a importância do projeto e destacaram o papel do
colegiado. "Aqui é um espaço para ouvirmos os anseios da sociedade e desenvolver ações
que atendam as suas demandas", disse a deputada Neusa Cadore (PT).
Para o deputado Antônio Henrique Jr. (PP), é bom ver que o projeto valoriza a base. "Só temos
que parabenizar os profissionais e atletas pelo sucesso do projeto. A comissão está aqui para
ajudar", afirmou.
Vice-presidente do colegiado, o deputado Manassés enfatizou que a comissão empodera os
movimentos sociais que trabalham com o esporte. "É uma ferramenta para esportistas e
entidades esportivas. O apoio da Sudesb e o sucesso do nosso basquete mostram ao poder
público a importância de se investir mais no esporte, essencial na formação de cidadãos",
pontuou.
"GUERREIRAS"
Responsável pelo basquete feminino, a treinadora da Federação Bahiana de Basketball (FBB),
Márcia Marllan, ressaltou as dificuldades para as meninas se dedicarem mais ao esporte.
"Normalmente o foco de investimentos é no esporte masculino. Por isso, nossas atletas,
maioria do IAPI e de São Cristovão, são guerreiras, nos levando da 3ª para a 2ª divisão. É
preciso entender que esporte é também espaço para as mulheres", afirmou, destacando que
os núcleos criados pela Sudesb ajudarão na descoberta de mais talentos.
A jogadora Kelly, de 18 anos, é um dos melhores exemplos do sucesso do projeto. "Cheguei à
Seleção Brasileira da categoria graças a esse trabalho e ao esforço das pessoas que estão à
frente dele", declarou.
Sua amiga Franciele lembrou que tinha momentos em que faltava até dinheiro para o
transporte. "A minha treinadora é quem ajudava. Hoje, me sinto feliz por tudo que tem
acontecido e por estar entre os atletas que carregarão a tocha olímpica", disse emocionada.
NOVOS PASSOS
O presidente da FBB, Roberto José Fernandes, lembrou que a rápida evolução do basquete na
Bahia tem levado vários baianos a atuarem em times do Rio e São Paulo. "Não poderia ser
melhor, ver o Vitória/Universo campeão do Nordeste e representar a Bahia no NBB. Nosso
campeonato tem 24 equipes, com a participação de 16 municípios", comemorou.
De acordo com o coordenador do Departamento de Basquete do Vitória, Ives Costa, o clube dá outros passos importantes, como atuar na liga feminina, construir o ginásio para 5 mil pessoas e realizar intercâmbios com Angola.
Segundo o dirigente da FBB, Valter Fernandes, o desafio é construir mais praças esportivas e
espaços nas escolas públicas. "Infelizmente vimos clubes tradicionais deixarem de fazer
esporte e de disputar campeonatos. É preciso mais apoio e incentivo para mantermos nossos
talentos aqui", defendeu.
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