PCdoB lança Campanha de Estruturação Partidária na Bahia

11/03

  Foto: Google

Estruturar o partido para enfrentar melhor os desafios políticos da atualidade. Este foi o centro do debate realizado, neste sábado (11), por mais de 300 dirigentes do PCdoB de várias cidades baianas. O encontro aconteceu no Hotel Vilamar, em Amaralina, quando foi lançada a Campanha de Estruturação Partidária no estado.

 

Na abertura, o presidente estadual da legenda, o deputado federal Davidson Magalhães ressaltou o esforço da direção nacional de estruturar o partido em um momento político difícil. “As elites voltam à cena com uma forte agenda neoliberal, baseada em reformas que atacam direitos sociais e trabalhistas. Precisamos de uma nova postura de enfrentamento, aperfeiçoando nossa organização internar e nossa ação política. Além disso, estamos em preparação do nosso 14º Congresso Nacional e das comemorações dos 100 anos da Revolução Russa”, frisou.

 

Presente no evento, o deputado estadual Bobô destacou o método diferenciado da agremiação. “Além de disputar espaços na política institucional e organizar a população nas entidades de massas, o partido sempre se preocupou com a formação política dos seus militantes e dirigentes. Encontros como este são frequentes e essenciais para o partido atuar melhor politicamente”, disse.

 

MUNDO EM TRANSIÇÃO, BRASIL CONSERVADOR

 

Coube ao ex-presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fazer a palestra sobre conjuntura política, destacando como a ofensiva conservadora no mundo se reflete em nosso País. “O momento é de tensão, instabilidade e ameaças, provocadas especialmente pelos EUA, que se contrapõem a novos polos de poder no mundo, liderados pela China e a Rússia. E tudo isso se reflete na América Latina, com a eleição de vários presidentes alinhados com os americanos”, pontuou.

 

Segundo Rabelo, o reflexo no Brasil foi a ofensiva das elites e da grande mídia no golpe contra a presidenta Dilma. “A crise política impediu saídas para a crise econômica. O objetivo foi tirar a petista, as esquerdas, além de impedir a volta do projeto democrático iniciado por Lula, e seu legado social. Mas, não há sinais de superação da crise e, por isso, defendemos uma frente ampla liderada pela esquerda. A ordem é resistir e lutar por um novo projeto nacional de desenvolvimento”, defendeu.

 

O dirigente ainda colocou a importância de se pautar a luta pelo Socialismo contemporâneo, “de acordo com as particularidades de cada Nação, com valorização do trabalho, democracia participativa e planejamento econômico direcionado pelo Estado”.

 

PARTIDO DE QUADRO E DE MASSAS

 

O secretário nacional de Organização, Ricardo Alemão, falou sobre a Política de Estruturação Partidária. “Para enfrentarmos melhor esse quadro adverso, precisamos de um partido grande e forte, de quadros e de massas, vinculados aos movimentos sociais. A política dirige nossa organização, que por sua vez ajuda a nossa ação”, declarou.

 

Alemão pontuou outros desafios para o partido, como ter quadros com boa formação política e ideológica, e militantes atuando permanentemente; ajudar na construção da frente ampla; combinar bem elaboração teórica, ação política e organização partidária. “Temos que fortalecer os Comitês Municipais e os Organismos de Base, buscando a renovação dos quadros e das gerações”, afirmou.

 

PROJETOS ATUAIS

 

De acordo com a secretária de Organização na Bahia, Daniel Costa, organização e política devem andar juntas. “As direções devem debater a cartilha da campanha e definir suas metas em cada cidade”, pontuou, destacando cinco dos dez projetos atuais para os comunistas trabalharem: direções ativas e fortes; dar vida orgânica aos filiados e militantes; articular ações regionais; crescer o partido; melhorar a contribuição militante.

 

Ao final, os deputados federais Daniel Almeida e Alice Portugal, e o deputado estadual Zó, saudaram os participantes do encontro conclamando o partido para as manifestações contra o governo Temer e as reformas trabalhista e da Previdência, no próximo dia 15.

 

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