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Esporte, trabalho, desenvolvimento e inclusão social

Esporte, trabalho, desenvolvimento e inclusão social | Deputado Estadual Bobo

Mulheres exigem mais apoio para o esporte feminino

No Março Mulher, mês dedicado à celebração do Dia Internacional da Mulher, as comissões de Desporto, Paradesporto e Lazer, e dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa, promoveram uma audiência pública sobre políticas de esporte e lazer para as mulheres. O evento contou com a participação de entidades como a Federação Baiana de Futebol (FBF), União das Federações Esportivas da Bahia (UNISPORT), Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Estado da Bahia (OAB-BA), Federação Baiana de Ciclismo (FBC), Federação Baiana de Boxe, além de atletas como Paola Reis, campeã brasileira e mundial de bicicross.

 

Ao abrir os trabalhos, o deputado Bobô (PCdoB) destacou a necessidade de o Estado potencializar o esporte feminino. “Vamos construir um documento com as sugestões e encaminhar ao poder público e às empresas privadas que participam dos programas públicos. Importante lembrar que o esporte ganhou muito com os governos de Lula e Dilma, que implantaram programas importantes como o Segundo Tempo e Pelc (Esporte e Lazer da Cidade)”, afirmou o presidente da Comissão de Desporto.

 

O parlamentar lembrou que as políticas públicas de esporte e lazer, especialmente direcionadas às mulheres, surgiram a partir do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), resultado das Conferências de Políticas para as Mulheres. “Mesmo diante de tantas dificuldades, as mulheres conseguiram ocupar espaços no esporte. Se ainda não representa uma condição de maior igualdade, caminhos novos foram abertos. Vamos em frente”, conclamou, afirmando que a emancipação da mulher e a erradicação das desigualdades de gênero passam também pelo esporte.

 

A presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, deputada Luíza Maia (PT), ressaltou a importância de se valorizar o esporte, “que ajudou muita gente a melhorar de vida e engrandece o País”. A petista pediu atenção para o momento atual do País, convocando as mulheres para impedirem as reformas do governo Temer e ampliarem a luta por ocupação de espaço, também no esporte.

 

Para a deputada Fátima Nunes (PT), é essencial a parceria das entidades com o governo estadual para fomentar o esporte feminino e o Executivo criar um orçamento específico para o esporte na Bahia. O deputado Manassés (PSL) enfatizou a importância do esporte para “afastar os jovens da criminalidade de das drogas”. Segundo a deputada Neuza Cadore, o debate no mês dedicado às lutas das mulheres dá mais visibilidade ao tema. “Vamos lutar por mais políticas para o esporte feminino na Bahia”, afirmou.Prestigiaram o encontro também os deputados Bira Coroa (PT), Zé Neto (PT) e Marcell Moraes (PV). 

 

DESAFIOS

 

Representante da OAB e presidente do time feminino da entidade, dra. Andrea Marques destacou que a luta por igualdade de gênero é histórica. “A presença da mulher nos espaços urbanos e públicos é marca do século 21. Temos que avançar muito ainda, pois a inserção da mulher no esporte é coisa de 100 anos, no Brasil, de 30. A ditadura militar proibia as mulheres de praticarem esporte. Só mais recente que melhoramos a situação. A OAB também quer mais campos públicos na Bahia para fomentar a prática esportiva entre as mulheres”, frisou.

 

Representando a Federação Baiana de Futebol (FBF), Taíse Galvão enfatizou que a entidade tem realizado várias iniciativas para ajudar o futebol feminino, como a isenção de taxas nas competições. “uma forma de incentivar os clubes”. Para ela, a presença Emily Lima no comando da Seleção Brasileira  feminina contribui muito. “Ela esteve aqui na final do nosso campeonato e gostou da organização. A FBF está realizando peneiras para garimpar jogadoras de talento e lhes dar apoio”, lembrou.

 

Treinadora do Camaçari F 7 e também da FBR, Dilma Mendes relatou que conseguiu tudo através do futebol feminino. “Superamos muitas restrições e conseguimos desenvolver um bom trabalho. Temos 180 atletas nos clubes com bom potencial, mas é preciso dar mais atenção às ligas e entidades que fazem esporte. É importante sairmos da zona de conforto para conquistarmos mais espaços”, defendeu.

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