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Esporte, trabalho, desenvolvimento e inclusão social

Esporte, trabalho, desenvolvimento e inclusão social | Deputado Estadual Bobo

Jornalismo esportivo pode ajudar esporte amador, indica audiência

Um maior apoio financeiro e estrutural para o jornalismo esportivo pode contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento do esporte amador na Bahia. Essa foi a principal indicação da audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 14, pela Comissão de Desporto, Paradesporto e Lazer da Assembleia Legislativa.

“Esse encontro é para construirmos, juntos, caminhos que ajudem a fortalecer o esporte profissional e, especialmente, o esporte amador. Os veículos de comunicação podem jogar papel nisso com o jornalismo esportivo. A TVE já tomou iniciativas importantes, como cobrir competições e eventos de futebol e outras modalidades esportivas”, afirmou o presidente da Comissão, deputado Bobô (PCdoB), 

De acordo com o parlamentar, o poder público deve desenvolver mais políticas públicas para este fim, além de direcionar mais recursos orçamentários para o esporte.

Presidente da Associação Baiana de Cronistas Desportivos (ABCD), o radialista Márcio Martins destacou que ainda há muita dificuldade para divulgar o esporte amador. “Fazer rádio é caro. Recentemente, o grupo Globo fechou a rádio CBN, que fazia esporte. A Tudo FM também deixou de fazer cobertura do futebol. Se para essa modalidade está complicado, imagine para as outras. É essencial que os programas sociais ligados ao esporte destine verba para maior divulgação dos eventos”, defendeu.

Segundo o editor de Jornalismo da Tribuna da Bahia e radialista Luiz Britto, são raros os veículos que divulgam outros esportes, focando apenas no futebol. “As federações precisam jogar maior papel. Não adianta o governo construir espaços e equipamentos esportivos se não há competições organizadas e permanentes. É lamentável que o Parque Aquático tenha sido fechado e a nova piscina, construída em um local com dificuldade para estacionamento, por exemplo. É necessário renovação nas entidades e mais respeito aos profissionais, que trabalham sem direitos e em péssimas condições”, pontuou, pedindo mais debates pelo jornalismo esportivo.

LUTA POR MAIS APOIO

Presidente da Federação Baiana de Jiu-Jitsu, Ricardo Carvalho destacou que a imprensa vê o esporte com baixo retorno financeiro, esquecendo do seu grande alcance social. “Infelizmente, só há uma divulgação maior quando os atletas ganham medalhas ou títulos”, reclamou.

A ação das federações para obter maior apoio do poder público e da iniciativa privada foi enfatizada pelo presidente da Unisport, José Sandes. “Iniciamos também um trabalho pela internet para divulgar nossos eventos, mas interrompemos por falta de recursos. Se o estado ajuda através da Sudesb, a Prefeitura de Salvador não colabora em nada, inclusive colocando à frente do esporte pessoas que não entendem do assunto”, afirmou, pedindo apoio para a volta do programa Sua Nota é Um Show.

Para o professor da Faculdade 2 de Julho, Deraldo Araújo, as parcerias com o governo estadual tem sido essenciais. “Defendo a política de PPP (Parceria Público-Privada), unindo poder público e empresas para ajudar no fortalecimento e divulgação do esporte amador. Enquanto o governo brasileiro não investe mais no esporte, Cuba é exemplo. É algo de primeiro mundo”, frisou.

AJUSTAR VERBAS PUBLICITÁRIAS

De acordo com a vice-presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Selma Morais, falta maior profissionalismo das federações e entidades com a comunicação dos próprios eventos. “A Comissão deve fazer uma reunião com o secretário de Comunicação André Curvello. Não podemos ver 90% das verbas publicitárias só para programas de futebol. Se o poder público aporta recursos publicitários, pode exigir que os veículos estimulem a criação de programas que valorizem todos os esportes. Fiz o programa Mulheres na Copa por seis meses em uma rádio e não tive nenhum apoio ou patrocínio”, lembrou.

O professor de Educação Física Lúcio Araújo disse que há um grave problema de informação sem transparência no jornalismo esportivo. “Pecam por não criticar algumas situações vividas pelas entidades, em função de terem algum apoio. É importante a Comissão debater com as federações porque muitas ainda não aderiram ao programa federal para sanarem suas dívidas. Será que é porque há exigências de contrapartida?”, questionou.

Ao final, o deputado Bobô lembrou que a Comissão fará um documento com as ponderações e as indicações feitas na audiência para dar desdobramentos junto ao governo estadual.


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