Deputado Bobô exalta trabalho da pioneira da equoterapia na Bahia
A maior honraria do Poder Legislativo baiano foi entregue, na sexta-feira (15/12), à Maria Cristina Guimarães Brito, fundadora e presidente da Associação Bahiana de Equoterapia (ABAE). Iniciativa do deputado estadual Bobô (PCdoB), a sessão especial para concessão da Comenda 2 de Julho contou com a presença de autoridades civis e militares, e de Vicente Neto, chefe de gabinete da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, que representou o governador Rui Costa.
No plenário, o deputado Bobô lembrou que Maria Cristina abandonou o sonho de fazer medicina após seu filho Yuri ser diagnosticado com paralisia cerebral. “A partir dai, ela iniciou o projeto em 1993, em Salvador, em parceria com o Esquadrão de Polícia Montada (PMBA), Exército, governo estadual e prefeitura de Salvador. Atende pessoas carentes portadoras de deficiência”, pontuou.
Segundo ainda o parlamentar, a Comenda é para pessoas que ajudam a melhorar nossa sociedade. “Não poderia deixar de lembrar que tive uma sobrinha com paralisia cerebral e meu irmão buscou ajuda, encontrando Maria e aprendendo tudo sobre essa terapia maravilhosa. Vejam o Yuri, hoje é formado em publicidade, fruto do amor e da dedicação de sua mãe, que hoje é mãe de muitos filhos baianos. Uma honraria mais do que merecida”, afirmou.
Vicente Neto destacou que a homenageada é uma guerreira. “Trata-se de uma bela trajetória de vida, marcada pela determinação e abnegação. A iniciativa do deputado Bobô foi muito acertada, pois valoriza um bonito e importante trabalho social”, disse.
CORAGEM E DETERMINAÇÃO
Ao se pronunciar, Maria Cristina emocionou a todos quando resgatou o início de tudo. “Agradeço a Yuri, meu filho querido, que me deu coragem e determinação para tocar o projeto e defender essa causa. Também agradeço a Polícia Militar e ao 19 BC, por nos darem a estrutura que usamos no projeto”, pontuou.
Maria lembrou que o trabalho se iniciou com Yuri e mais duas crianças, e hoje está presente em várias cidades. “Também fomos convidados para falar da equoterapia na Faculdade de Pachuca, no México, e estamos produzindo um documentário sobre o projeto. Sozinhos, somos frágeis, mas juntos, somos fortes”, afirmou, dizendo que a entidade já atendeu mais de 20 mil pessoas em sua existência.
Fruto dessa experiência, Maria Cristina já escreveu dois livros: Minha Caminhada1 - Equoterapia e Minha Caminhada 2 – Equoterapia. O primeiro aborda a questão familiar e a aceitação do filho especial, as adaptações necessárias e as dificuldades de inserção na rede regular de ensino. Já o segundo, trata da fundamentação técnica científica e expõe a visão de um neurologista sobre a Equoterapia.
Com informações da Alba
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