Para Bobô, redução do salário mínimo prejudica trabalhadores e economia

03/01

  Foto: Google

Sempre no mês de dezembro, milhões de brasileiros aguardam ansiosamente o anúncio do novo salário mínimo. Afinal, ele ajuda a movimentar a economia do País e de milhares de municípios. Estamos falando de 48 milhões de trabalhadores que ganham o benefício e grande parte dos 20,6 milhões de aposentados e 7,9 milhões de pensionistas.

 

Já estava definido o valor de R$ 1.006,00, aprovado pelo Congresso Nacional. Mas, Michel Temer não assinou o decreto e Bolsonaro, como uma de suas primeiras medidas, decretou R$ 998,00. É o fim da política de valorização do salário mínimo estabelecida no governo Lula, após debate com as centrais sindicais. O valor valor era reajustado pelo crescimento do PIB de dois anos antes e a inflação do ano anterior ao reajuste.

 

O deputado estadual Bobô (PCdoB) lamentou e criticou o decreto do novo presidente. "Engraçado é ter ouvido ele dizer que iria governar para todos. A decisão contradiz o discurso, mas está em sintonia com a atuação política do presidente como deputado federal: sempre contra os trabalhadores. Ele votou a favor da reforma trabalhista e contra os direitos das empregadas domésticas", lembra o comunista. 

 

BOM PARA A ECONOMIA

 

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a valorização do salário mínimo foi bom para o Brasil, promovendo a elevação do poder aquisitivo de milhões de famílias e melhorando a atividade econômica. "Vale lembrar que salários e aposentadorias movimentam a economia de milhares de municípios. O PCdoB está ao lado dos trabalhadores e seguirá lutando para ampliar direitos e para valorizar o trabalho", afirma Bobô.

 

Segundo cálculos do órgão, o salário mínimo "necessário" para despesas de uma  família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 3.959,98, isto em novembro do ano passado.

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