Moradores preocupados com barragem têm solidariedade de Bobô
Com 14 metros de rachadura, a barragem do Rio dos Macacos, que fica entra Salvador e Simões Filho, está apavorando os moradores de uma área quilombola e do Bosque Imperial de Inema, pelo risco de rompimento. Mesmo com a Marinha, responsável pelo açude, afirmando que inspeciona o local e que não há esse perigo para as 300 famílias que vivem na área.
Para o deputado estadual Bobô (PCdoB), o medo dos moradores é justificável. "Já vimos acidentes fatais, como de barragens em Minas Gerais [Fundão, em Mariana, e Feijão, em Brumadinho], mesmo sendo de rejeitos de minério", lembra.
Em matéria do site Exame. (fevereiro de 2019), a Agência Nacional de Águas (ANA) revelou que "três quartos de todas as barragens informadas não possuíam dados suficientes para determinar se deveriam entrar na política de segurança. Faltavam questões básicas como altura, capacidade do reservatório e classificação do dano potencial. Com isso, mais de 18 mil estruturas – de um total de cerca de 24 mil – aparecem de forma incompleta no radar federal".
AGIR RÁPIDO
Segundo o parlamentar, é importante evitar o pior. "Pelo que foi mostrado nos telejornais, se a barragem romper, vai atingir as comunidades próximas e deixá-las isoladas. Segundo a Sudec, a represa está na categoria de risco alto e dano potencial associado alto, não havendo tempo para retirar as pessoas, caso se rompa", pondera.
Bobô se solidariza com os moradores e pede ação rápida dos poderes públicos. "Precisam agir o Inema, que fiscaliza e solicitou reparos no equipamento, e a Marinha, responsável pela barragem", enfatiza, lembrando que o Ministério Público Federal já recomendou à Marinha e à Prefeitura de Salvador adotarem medidas de proteção aos moradores.
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