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Esporte, trabalho, desenvolvimento e inclusão social

Esporte, trabalho, desenvolvimento e inclusão social | Deputado Estadual Bobo

Árbitros amadores recebem apoio da Assembleia Legislativa

O que é lazer para milhares de pessoas em comunidades e municípios baianos tem sido um meio de sobrevivência para quem apita nos festejados jogos de campos de várzea, em Salvador e no interior. E eles ganharam o apoio da Assembleia Legislativa, a partir da audiência pública realizada nesta quarta-feira (5/6), que tratou da violência contra os árbitros amadores.

Na abertura, o presidende da Comissão de Desporto, Paradesporto e Lazer, deputado Bobô (PCdoB), destacou que a Assembleia tem o papel de ouvir a sociedade a ajudá-la a resolver seus problemas. “Temos que fazer diferente do que o governo federal fez ao acabar com o Ministério do Esporte e os programas, fortalecendo políticas públicas para ajudar o esporte amador na capital e no interior”, defendeu, pedindo apoio para o movimento Unidos pelo Esporte e lembrando que as sugestões da audiência serão encaminhadas para os poderes públicos.

Segundo a deputada Olívia Santana (PCdoB), futebol de várzea é o lazer mais popular do nosso povo. “Por isso, é importante fazer campanhas contra a violência que atinge os árbitros amadores. Futebol é encontro e lazer, e não cabe violência”, enfatizou. O deputado Roberto Carlos (PDT) disse que o futebol amador tem grande valor, “pois ensina disciplina e a cumprir regras, e o poder público precisa investir mais no esporte”.

Para Ed Carlos, da Comissão de Árbitros Independentes e que solicitou a aduiência ao deputado Bobô, sem ábitros, não tem o futebol. “A comissão está de parabéns por fazer esse debate com a presença das ligas e entidades de arbitragem. Estamos tomando iniciativas, fiscalizando as ligas, criando um banco de dados para banir os agressores e vamos marcar reunião com a PM”, afirmou.

CBJD E ESTATUTO DO TORCEDOR

Presidente do Sindicato dos Bancários e advogado, Augusto Vasconcelos lembrou que participou da relatoria do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). “Ele é importante não só para esporte profissional e pode ser aplicado no esporte amador pelas ligas. Pode-se, por exemplo, criar um tribunal para julgar casos de violência e punir agressores”, explicou. 

A advogada Juliana Camões, presidente da Comissão de Esporte da OAB-Bahia, colocou que a entidade já faz alguns trabalhos na área e que está à disposição para ajudar. 

Também membro da comissão, o advogado Sandro Marcello Borges destacou que muitos campeonados amadores que estão semi-profissionalizados, o que exige maior responsabilidade das entidades. “A impunidade contribui para essa violência e é preciso responsabilizar times e ligas”, frisou.

MUDAR A REALIDADE

Para o ex-jogador e campeão brasileiro pelo Bahia, em 1988, Zé Carlos, quem organiza os eventos deve se responsabilizar pela segurança de todos, especialmente dos árbitros. “Tenho certeza que, a partir dessa audiência, muita coisa vai mudar para melhor”, afirmou.

O árbitro Emilson Freitas destacou que o trabalho na várzea é feio com paixão, mesmo sem estruturas adequadas. “Não podemos aceitar que os árbitros sofram violência física e ameaças. Essa audiência é o primeiro passo para mudar essa realidade, uma vez que o jogos movimentam os bairros e geram renda nas comunidades”, disse.

Presidente do Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol, Manoel Garrido lembrou que já foram realizadas reuniões com as ligas para tratar o tema e defendeu que o CBJD e o Estatuto do Torcedor devem ser seguidos e cumpridos também por quem organiza eventos do esporte amador.

Segundo Edson Nascimento “Gordurinha”, presidente da Liga Municipal de Futebol de Salvador, as entidades se preocupam com a capacitação dos seus representados, realizando cursos, seminários e palestras. “A audiência ajuda a promover o nosso trabalho. Mas, é preciso que o poder público melhore os equipamentos esportivos nas comunidades”, defendeu.

De acordo com Emanoel Xavier, presidente da Associação dos Árbitros de Futebol Amador de Salvador, a audiência vai dar um norte para as entidades, sendo o início de grandes vitórias.

Representando o Comando Geral da Polícia Militar, Capitão Ânderson Ubiratan afirmou que a segurança nesses eventos é feita pelo BEPE (Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos). “As ligas devem comunicar ao Batalhão os eventos que indicam situação de risco para que possamos colaborar. Já debatemos a violência no futebol com universidades, sempre focando torcida, mas nunca tratando da violência contra os árbitros, como aqui na audiência”, ponderou.

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