Sérgio Moro saí e o governo aumenta sua crise
Logo depois que o ministro Sérgio Moro anunciou sua saída do governo Bolsonaro, o dólar subiu para R$ 5,65 e a Bolsa de Valores caiu mais de 7%. É o retrato de um governo sem projeto e sem comando, em que o "capitão" do barco não sabe pilotar, além de gerar instabilidades permanentes. O pior é que acontece em meio a uma grave crise de saúde pública mundial, que afeta também a economia.
Antes, o presidente havia demitido o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, surpreendendo e contrariando Moro. Justamente quando a CPMI das Fake News e investigações da PF avançam para descobrir possível envolvimento, em crimes, de membros do clã Bolsonaro.
Mas, Sérgio Moro não vai se livrar do seu legado no governo a quem sempre serviu fielmente. Vale lembrar: mesmo antes, ao prender o ex-presidente Lula, ajudou na eleição de Jair Bolsonaro.
Pela promessa de ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou não ter, de fato, "carta-branca"; fez vistas grossas para muitos absurdos, especialmente envolvendo a família presidencial; apoiou o atual projeto, que promoveu no país um caos político e econômico; aceitou várias vezes ficar em "saia justa" para não contrariar o chefe.
LULA E DILMA
Segundo a imprensa, no pronunciamento da saída, Sérgio Moro disse que pediu ao presidente um erro grave para justificar a saída de Valeixo. Soube que Bolsonaro queria "colher" informações dentro da PF, como relatórios de inteligência.
Sem perceber, chegou a elogiar os ex-presidentes Dilma e Lula e ao resgatar a Lava Jato, quando era juiz. Indagou "se a então presidente e o ex-presidente ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento".
Já no final do mandato, Sérgio Moro esboçou certa autonomia promovendo algumas divergências com Bolsonaro, como defender o isolamento social para conter o contágio pelo coronavírus.
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